O 31 de maio é marcado pelo Dia Mundial de Combate ao Fumo, e o tabagismo – uma questão global de saúde pública, mata milhões de indivíduos a cada ano, diminui a longevidade e é fator de risco para inúmeras doenças.

Abandonar o vício em cigarro causa efeitos benéficos evidentes em todas as faixas etárias, inclusive nos idosos, especialmente no que se refere à qualidade e expectativa de vida.

“Mesmo já sendo idosa, a pessoa que deixa de fumar se beneficiará de melhora na sua qualidade de vida. O uso do tabaco está relacionado com o agravamento de várias doenças que podem surgir com o avanço da idade, como as doenças cardiovasculares”, explica representante do Inca.

Um grande número de idosos deseja parar de fumar, mas o fato de terem sido tabagistas por muitos anos aumenta e reforça a dependência do tabaco, dificultando a decisão.

Malefícios do cigarro em números

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo.

O cigarro é responsável por 63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis. Dessas, o tabagismo é responsável por 85% das mortes por doença pulmonar crônica, 30% das relacionadas a diversos tipos de câncer, 25% de doença coronariana e 25% de doenças cerebrovasculares.

Outro aspecto a ser lembrado são os danos do fumo passivo. Anualmente, o tabagismo passivo causa cerca de 880 mil mortes em todo o mundo, das quais 58 mil, aproximadamente, são de crianças de 0 a 14 anos.

Covid-19: fumantes têm maior risco de infecção pelo vírus

Como dito anteriormente, o tabagismo causa ou aumenta o risco de complicações de dezenas de doenças, mas em especial, as cardiovasculares e respiratórias.

O tabaco inflama as mucosas das vias aéreas e prejudica os mecanismos de defesa do organismo. Por esses motivos, os fumantes têm maior risco de infecções por vírus, como a Covid-19, bactérias e fungos.

Segundo a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), tabagistas têm 14 vezes mais chances de morrer por complicações da Covid-19.

O tabaco como “muleta emocional” para o idoso

Há questões importantes envolvidas nessa fase da vida, como fragilidade física, sentimentos de perdas, medos e incertezas.

O tabaco, na maioria dos casos, ocupou um espaço significativo na vida do idoso que o consumiu ao longo dos anos, o que dificulta uma mudança de padrão e a criação de uma rotina que não inclua o cigarro.

É essencial, portanto, abordar o idoso de maneira sensível para incentivá-lo a deixar o vício, mas, ao mesmo tempo, procurar compreender suas dificuldades e ajudá-lo a vencê-las aos poucos.

Como ajudar o idoso a parar de fumar

  • O primeiro passo para sair do vício do cigarro é estar motivado a deixá-lo. Nenhum método será eficaz se o fumante sênior não estiver realmente determinado a parar.
  • A diminuição do número de cigarros deve ser gradativa. Para tanto, o ideal é procurar não carregar o maço ou a carteira de cigarros inteiros consigo.
  • Cinzeiros no ambiente ou o consumo de café e bebidas alcoólicas devem ser evitados.
  • Medicamentos podem ser uma alternativa para os idosos, uma vez que se submeteram por mais tempo aos efeitos da nicotina. Entre os auxílios farmacológicos e não-farmacológicos estão o uso de adesivos de nicotina na pele, gomas de mascar ou spray nasal.

Existem outros métodos para tratar a dependência da nicotina nos mais velhos, como a prática regular de atividades físicas e terapias alternativas. Em ambos os casos, deve haver um acompanhamento médico e psicológico do fumante.

5 benefícios de parar de fumar em qualquer idade:

– Normalização da pressão arterial após 20 minutos;

– Queda de 50% dos níveis de nicotina e monóxido de carbono no sangue, com normalização da oxigenação do sangue após 8 horas;

– Melhora do olfato e paladar após 48 horas;

– Melhora da capacidade de andar e correr após 2 a 12 semanas;

– Redução do risco de derrame e de infarto semelhante a quem nunca fumou após 5 a 15 anos.

Por tudo isso, reforçarmos o necessário incentivo para que o idoso deixe o cigarro. Todos nós nos beneficiamos do ato.

Fontes: Ministério da Saúde, SBPT, Socesp e Inonni

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